A medalha com o ÔM
O mantra mais poderoso
Nas escrituras da Índia antiga, o ÔM é considerado como o mais poderoso de todos os mantras. Os outros são considerados aspectos do ÔM e o ÔM é a matriz dos demais mantras. É denominado mátriká mantra, ou mantra māter.
O ÔM é também o bíja-mantra do ájña chakra, isto é, o som-semente que desenvolve o centro de força situado entre as sobrancelhas, responsável pela meditação, intuição, inteligência, premonição e hiperestesia do pensamento. Por isso, é o mantra que produz melhores resultados para as práticas de concentração e meditação, bem como desperta um bom número de paranormalidades.
Sendo o mantra mais completo e equilibrado, sua vocalização não apresenta nenhum perigo nem contra-indicação. É estimulante, mas ao mesmo tempo aquietante, pois consiste numa vibração sáttwica, que contém em si tamas (-) e rajas (+) sublimados.
Quando traçado em caracteres antigos, ele se torna um símbolo gráfico denominado yantra. A especialidade que estuda a ciência de traçar os símbolos denomina-se Yantra Yôga. O ÔM pode ser traçado de diversas formas. Cada maneira de grafá-lo encerra determinada classe de efeitos e de características ou tendências filosóficas.
Cada linha de Yôga adota um desenho típico do ÔM que tenha a ver com os seus objetivos, o qual passa a constituir símbolo seu. Por essa razão, não se deve utilizar o traçado adotado por uma outra Escola: por uma questão de ética e também para evitar choque de egrégoras.
Ninguém pode negar que o ÔM seja um símbolo muito poderoso. Ele é forte pelo seu traçado yântrico em si, pela sua antiguidade, seus milhares de anos de impregnação no inconsciente coletivo, pelos bilhões de hindus que o usaram e veneraram, geração após geração, durante dezenas de séculos, desde muito antes de Cristo, antes de Buddha, antes da civilização européia existir e, durante esse tempo todo, toda essa gente fortaleceu a egrégora do ÔM!
Evidentemente, portando tal símbolo, estabelecemos sintonia com uma corrente de força, poder e energia que é uma das maiores, mais antigas e mais poderosas da Terra. Por isso, muita gente associa a ideia de proteção ao uso de uma medalha com o símbolo do ÔM. Embora sejamos obrigados a reconhecer certa classe de efeitos dessa ordem, achamos que tal não deve ser a justificativa para portar a medalha, pois, agindo assim, ficaríamos susceptíveis de descambar para o misticismo, com o qual a nossa linhagem de Yôga Antigo (Niríshwarasámkhya) não compactua. Deve-se usá-la de forma descontraída e se nos dá prazer, como faríamos com a insígnia da nosso clube, do nosso time ou da nossa universidade; devemos portá-la unicamente se estivermos identificados com o que ela significa e com a linhagem que representa. Não por superstição nem para auferir benefícios.
Sendo objetivo da nossa estirpe perpetuar a autenticidade do Yôga Ancestral, assumimos um desenho do yantra ÔM reproduzido fotograficamente de um texto antigo encontrado em Rishikêsh, nos Himálayas. Se você quiser seguir a nossa tradição, está autorizado a utilizá-lo, mas com a condição de que o reproduza fotograficamente ou escaneado, para não alterar sua minuciosa exatidão. Só não estará autorizado a usar o ÔM antes da sua assinatura, pois isso constitui privilégio dos que receberam a iniciação no ÔM pessoalmente do seu Mestre e aprenderam as diversas formas de traçá-lo e pronunciá-lo de acordo com os efeitos desejados. Só então, poderá incorporá-lo dessa forma ao seu nome.