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O Incenso Kálí-Danda

Do livro “Quando é Preciso Ser Forte” – DeRose.


O incenso não é um artefato místico e sim um recurso natural que nos auxilia a atingir certos fins, variáveis conforme os perfumes e demais elementos constituintes das ervas ou resinas, cujas moléculas se desprendem com a queima e evolam, permitindo imediata absorção pela membrana pituitária.


Os perfumes influenciam o emocional, a mente e até o corpo, e a resposta é imediata, tão rápida quanto uma injeção na veia. Por exemplo: Se você sente um cheiro nauseabundo, o seu estômago embrulha na hora; se você sente um perfume sensual, as glândulas sexuais começam a segregar hormônios imediatamente; se você sente uma fragrância devocional, é logo arrebatado para estados de consciência que nenhum outro recurso conseguiria desencadear.


Assim, os antigos descobriram que os olores doces eram ótimos para se usar nos mosteiros, pois reduzem o apetite e predispõem ao jejum. Chegaram também à conclusão de que a inalação dos aromas ou vapores de certas ervas tinha influência positiva numa série de enfermidades. Quem ignora o efeito do eucalipto no combate às gripes? E quem contestaria o efeito das inalações feitas com ervas, como é o caso da eficaz buchinha-do-norte contra sinusites?


Incenso Kálí-Danda DeRose

Tudo começou quando passaram a queimar ervas e resinas em locais fechados para manter o ambiente agradável e notaram a ocorrência de efeitos nas pessoas que inalavam suas exalações, variáveis conforme o produto usado. A partir daí, foi só uma questão de tempo para catalogar os resultados. Desde então, passaram-se 5000 anos!


Hoje, o incenso tem três aplicações distintas. A primeira é a de perfumar. A segunda, são os efeitos sobre as pessoas que aspiram suas exalações. A terceira é a purificação de ambientes. Um bom incenso deve ter tudo isso.


É interessante observar que a própria palavra perfume provém do latim “per fummum”, pela fumaça, fazendo referência à forma pela qual se usava o perfume na antiguidade, ou seja, incensando, queimando ervas e resinas.


No nosso caso, a principal finalidade de utilizar o incenso, além do prazer olfativo, é estimular os exercícios respiratórios. Você já notou que quando sente um perfume agradável, a tendência natural é fazer respirações profundas?


A segunda finalidade é a que deu origem a uma divisão da medicina antiga, denominada osmoterapia, ou aromaterapia. Ela procura proporcionar efeitos físicos e psicológicos, inclusive para estados enfermiços. Não trabalhamos com terapia, logo, essa parte é absorvida sob o aspecto da profilaxia.


A terceira finalidade é a que estuda os efeitos do incenso sobre o meio ambiente, no que diz respeito a duas perspectivas. Uma é não poluí-lo, evitando a queima de substâncias prejudiciais à saúde de seres humanos, animais e vegetais, ou à camada de ozônio.


A outra perspectiva dos efeitos sobre o meio ambiente é a que estuda os benefícios obtidos, tais como purificar o ar, reduzir a proliferação de fungos, repelir insetos e até mesmo melhorar a atmosfera psíquica. Atualmente estão sendo desenvolvidas pesquisas a fim de comprovar a teoria de que a fumaça do incenso contém elementos que neutralizam os da fumaça do cigarro.


De qualquer forma, já é hábito corrente de muitos não fumantes queimar um incenso toda vez que alguém acende um cigarro em casa ou no escritório. Pelo menos, melhora o odor.

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